Náuseas e vômitos

É um dos sintomas mais habituais, especialmente como efeito colateral da quimioterapia. As náuseas podem provocar sensações desagradáveis no estômago, produzir ânsias e, por sua vez, provocar o vômito. Os vômitos são gerados pelas contrações fortes dos músculos do estômago, que fazem com que seu conteúdo suba.
A intensidade, a frequência e o momento do surgimento das náuseas ou vômitos são variáveis e individuais, e dependem de muitos fatores, como os medicamentos usados, a dose e a suscetibilidade individual.

O QUE RECOMENDAMOS?

Recomenda-se respirar profunda e lentamente, e esperar até que diminua o mal-estar antes de comer algo.

Utilizar peças de roupa confortáveis e evitar roupas justas.

Durante a refeição pode ser útil deixar a janela aberta para que entre ar fresco ou utilizar um ventilador, a fim de reduzir os odores e intensificar a sensação de frescor.

Sentar-se ou deitar-se com a parte superior do corpo reta ou em 45° por até 1 hora após as refeições pode ajudar.

Escovar os dentes e/ou enxaguar a boca se vomitar.

Aproximadamente 30 minutos depois. As bebidas com gás são uma boa opção.

  • Em especial durante os dias em que os vômitos são frequentes.
  • Às vezes as bebidas gaseificadas podem diminuir a sensação de náuseas (água com gás, as bebidas com gengibre etc.).
  • Os sorvetes e as gelatinas também podem ser uma boa opção para ajudar a hidratar-se.
  • É preferível não beber durante as refeições, já que isso favorece a sensação de saciedade ou inchaço.

  • Escolher carnes brancas ou peixes ou embutidos magros.
  • Evitar as cocções que geram mais fumaça e odores, como as frituras, os salteados ou os alimentos grelhados em alta temperatura. Os alimentos fritos, além de desprenderem um odor mais forte que pode ser incômodo, também são mais difíceis de digerir e podem provocar mais náuseas.
  • Utilizar técnicas de cocção suaves para que os pratos sejam de melhor digestão, como no vapor, cozidos ou grelhados em baixa temperatura.
  • Se os odores incomodarem muito, evitar a couve ou a couve-flor, e cozinhar de forma que sejam gerados poucos odores e fumaça, como o preparo em papilote, no micro-ondas, alimentos cozidos ou marinados, evitando as frituras ou o grelhado em alta temperatura.

Estes desprendem menos odor que os quentes, portanto é provável que despertem o apetite ou sejam mais tolerados: saladas de macarrão, sanduíches, sopas e cremes frios, sorvetes caseiros etc.

Evitar alguns molhos, ervas aromáticas, especiarias picantes etc., porque podem provocar náuseas.

Observou-se que podem ter um efeito calmante sobre as náuseas. Podem-se adicionar gengibre ou hortelã, frescos ou em pó, aos chás, cubinhos, gelatinas, sorvetes, pipocas ou em cima de alimentos como o pão, as saladas, as massas, ou dentro de preparações prontas já cozidas.

Normalmente, os alimentos secos são mais bem tolerados. Por exemplo: torradas, biscoitos salgados, grissinis de pão, biscoitos de arroz e milho, frutos secos/oleaginosas, chips de banana, coco seco etc.

  • Fazer dieta absoluta (não comer nada) durante as primeiras horas e beber somente água fresca em pequenos goles a cada 10-15 minutos.
  • Após quatro ou seis horas podem-se aumentar gradativamente os líquidos ingeridos (bebidas de reidratação ou bebidas isotônicas).
    No Brasil, há a recomendação de preparo de soro caseiro para hidratação, conforme essa receita.


    Bebida isotônica caseira: Misturar em um litro de água o suco de dois limões, uma colher (sopa) de mel, uma colher (sobremesa) de sal e uma colher (sobremesa) de bicarbonato de sódio. Quando esses ingredientes estiverem dissolvidos, deixar a bebida na geladeira até que esteja fria.


  • Depois de 24 horas sem vômitos, iniciar uma dieta de digestão fácil (de preferência com alimentos cozidos e leves) e escolher sempre técnicas como o vapor ou o cozimento para preparar os alimentos.
  • A seguir, começar a introduzir alimentos secos, pois são mais bem tolerados (pão, torradas, biscoitos salgados, grissinis etc.).
  • Caso tenha vomitado durante dois dias seguidos, entrar em contato com o médico ou equipe de enfermagem de referência, de modo a evitar uma possível desidratação.