Aumento de peso

Alguns pacientes podem apresentar um aumento de peso durante o tratamento hormonal, em razão da alteração metabólica induzida pela supressão androgênica. A diminuição da atividade física pode ser também a causa do aumento de peso. A fadiga e o cansaço ocasionam a redução das atividades de vida diária e da realização de atividade física.
Quando o aumento de peso não é muito elevado ou o especialista não indica o contrário, devem-se seguir as mesmas recomendações oferecidas para manter uma alimentação equilibrada durante o tratamento e evitar seguir qualquer tipo de dieta alternativa ou restritiva que não tenha sido prescrita como parte do tratamento oncológico.

O QUE RECOMENDAMOS?

Lembrando que “O Guia alimentar para a população brasileira ” esclarece que como qualquer alimento, a quantidade de água que precisamos ingerir por dia é muito variável e depende de vários fatores. Entre eles estão a idade e o peso da pessoa, a atividade física que realiza e, ainda, o clima e a temperatura do ambiente onde vive. Para alguns, a ingestão de dois litros de água por dia pode ser suficiente; outros precisarão de três ou quatro litros ou mesmo mais, como no caso dos esportistas.

No Brasil, as orientações para uma alimentação adequada e saudável estão descritas no Guia alimentar para a população brasileira, disponível no link.

Em forma de salada, cozido, purê, assadas, no vapor, cozidas, grelhadas ou salteadas, ou dentro de outras preparações, como fritadas ou sopas. Podem-se utilizar os cogumelos como se fossem verduras. Evitar condimentá-los com molhos ou azeite em excesso.

Batata, massa, arroz ou pão, entre outros, devem ser consumidos com moderação, acompanhados sempre de outros grupos de alimentos, como verduras, carne, peixe etc. . Escolher sempre as versões integrais (se não houver nenhuma contraindicação).
É importante, conforme orienta o Guia Alimentar para a População Brasileira, fazer de alimentos in natura ou minimamente processados a base da sua alimentação e com pequena quantidade de óleos, gorduras, sal e açúcar.

Ovos, peixe, frutos do mar, carne, leguminosas e derivados, frutos secos/oleaginosas etc. Escolher sempre as versões mais magras (limitar o consumo de carnes e embutidos gordurosos) e cozinhar da forma mais simples e baixa em gordura: no forno, grelhados, no micro-ondas, em papilote etc.

Alimentos ricos em proteínas
Alimentos de origem animal
  • Peixe magro: pacamão, merluza, bacalhau.
  • Peixe gordo: sardinha, cavala, salmão.
  • Frutos do mar: lula, polvo, mexilhões, sépia, camarões, lagostins.
  • Peixe em conserva ao natural: atum, sardinhas, berbigões.
  • Carne branca: frango, coelho, peru.
  • Ovos (especialmente a clara).
  • Laticínios: iogurte natural desnatado, iogurte natural desnatado rico em proteínas; queijos frescos com baixo teor de gordura.
Alimentos de origem vegetal
  • Leguminosas secas ou cozidas: lentilhas, grão-de-bico, feijões (vermelho, preto, branco etc.), soja.
  • Derivados da soja: soja texturizada, farinha de soja, tofu, tempeh.
  • Frutos secos/oleaginosas e sementes crus sem sal: amêndoas, nozes, avelãs, sementes de girassol, sementes de abóbora.
  • Seitan: glúten de trigo ou outros cereais.

No máximo três porções ao dia, limitando seu consumo em forma de sucos e como opção de preferência para sobremesa.

Não ultrapassar as 3-4 colheres (sopa) ao dia (cerca de 30-40 mL). Utilizar um dosador para medir previamente a quantidade de azeite com uma seringa ajudará a controlar e dosar as quantidades a serem usadas.
Desse modo, o uso do azeite poderá trazer benefícios por sua composição nutricional e sabor à preparação final, mas sem um consumo excessivo, que pode tornar a refeição nutricionalmente desequilibrada.
No Brasil, o Guia Alimentar para População Brasileira traz uma recomendação de que óleos e gorduras devem ser utilizados com moderação em preparações culinárias com base em alimentos in natura ou minimamente processados.

Evitar ter em casa alimentos como biscoitos, bombons, batatas chips ou embutidos, sucos/néctar, refrigerantes, guloseimas, sorvetes comerciais etc. Caso os tenha, é importante tentar mantê-los longe da vista, já que o fato de vê-los continuamente pode fazer com que se coma muito mais entre as refeições e em quantidade muito maior.
Substituí-los por receitas caseiras de picolés e sorvetes sem açúcar.

Algumas receitas sugeridas:

Para não repetir, evitar levar a panela ou recipiente à mesa.
Utilizar pratos pequenos para comer: por parecerem mais cheios, tem-se a sensação de que a quantidade é maior.

Para os momentos em que surgir a necessidade de beliscar entre as refeições: fruta, cenouras, chás, pipocas caseiras com pouca gordura, biscoitos de cereais integrais, iogurte com baixo teor de gordura etc.


Leite desnatado ou semidesnatado, iogurtes com baixo teor de gordura ou desnatados (sem açúcar), queijos frescos ou tenros com teor mais baixo de gordura (tipo Burgos, queijos comuns da Espanha e mais parecido com o típico queijo minas frescal no Brasil).

Ter horários regulares estabelecidos para as refeições também ajuda a regular a sensação de apetite.

Para evitar ingerir uma quantidade maior, comer tranquilamente, sem distrações ou em família.
O Guia Alimentar para a População Brasileira traz orientação semelhante quando nos aconselha a comer com regularidade e atenção, em ambientes apropriados e, sempre que possível, com companhia.

Realizar atividade física regularmente.

Pesar-se diariamente pode induzir à desmotivação e a uma obsessão pelo peso. É recomendável pesar-se apenas uma vez por semana ou quando indicado pelo nutricionista que lhe acompanha.